terça-feira, 20 de novembro de 2012

Impressionismo - Leitura de imagem



























Os complementos verbais



            Os complementos verbais – objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, predicativo do objeto e agente da passiva – sempre dependem da contextualização do verbo nas frases, fazendo deles obrigatórios ou não.

O objeto direto, complemento de VTD, tem natureza morfológica substantiva, podendo ser expresso somente por sintagmas nominais autônomos, e, segundo a gramática tradicional, pode ser substituído por um pronome oblíquo que concorda em gênero e número com o núcleo do sintagma. Para encontrar o obj. direto da sentença, usa-se a metodologia pergunta-resposta e o termo substituído por pronome oblíquo é o objeto direto:

(1)   A menina contou uma fofoca.
A menina contou uma fofoca?
Sim, ela a contou.
           
        O objeto indireto, que complementa o VTI, pode ser confundido com adjuntos adverbiais por também ter natureza morfológica preposicionada. Porém, o OI é um termo obrigatório no contexto da frase, ao contrário do adjunto adverbial. O termo com a função de objeto indireto pode ser substituído por lhe, dele(a), disso, entre outros. Por exemplo:

(2)   Ele precisa de dinheiro.
Ele precisa de dinheiro?
Sim, ele precisa disso.

            O predicativo do sujeito é o complemento obrigatório dos verbos de ligação. Sendo relacionado com o sujeito, ele pode também aparecer em sentenças com verbos intransitivos ou transitivos. Em ambas as possibilidades, a sua natureza morfológica é adjetiva, podendo ser representado por sintagmas adjetivais ou nominais autônomos.

(3)   Os filhotes de cachorro da vizinha são fofos.
(4)   Exausta, a senhora chegou no banco.
A única diferença entre predicativo do sujeito e do objeto é que o último relaciona-se com o núcleo do objeto direto:
(5)   Cansada, encontraram a criança perdida.
(6)   O país acha os deputados incompetentes.
O último complemento verbal é o agente da passiva, o qual aparece em construções da voz passiva. Tem base morfológica preposicionada, sendo representado sempre por um sintagma preposional iniciado com por/ pelo:
(7)   Meu trabalho foi comido pelo cachorro.
(8)   O candidato foi eleito por vocês.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Plano de Ensino - PCC

Título da lição: Criando Fernando Pessoa e seus heterônimos
Faixa etária: alunos entre 16 e 17 anos (3º ano do Ensino Médio)
Duração: 1h40 (duas aulas)
Justificativa: Sendo o grande poeta português reconhecido mundialmente, Fernando Pessoa é objeto de estudo não somente pela exigência em vestibulares, mas também por sua contribuição na poesia moderna e na mística dos heterônimos. O trabalho feito em sala de aula através da apresentação de vídeo e de criações próprias ajudará no entendimento da tão diferente forma de criar e se auto-recriar de Fernando Pessoa.
Conteúdo: Após um aula de apresentação de Fernando Pessoa, essa aula busca fazer com que o aluno entenda o que ainda não foi possível entender através da apresentação de um vídeo sobre o assunto e de uma atividade em grupo que pedirá a criação de um poema e sua explicação.
Objetivos: Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de conseguir reconhecer as características próprias de cada heterônimo, sentindo-se capaz de atribuir essas diferenças durante a leitura de poemas e de produzir um trecho que se adeque às características de um de dos heterônimos.
Material necessário: aparelho para a reprodução de vídeo (TV + DVD, ou painel + projetor); material preparado pelo professor com um poema de cada heterônimo; borracha, caneta, lápis, apontador e o básico de um aluno.
Descrição: Ao entrar na aula, o professor deverá recitar um poema para que os alunos já entrem no clima da aula e, após isso, deverá explicar que o início da aula será preenchido com a apresentação de vídeos (vídeos postados aqui no blog - 1 e 2) no qual ocorre a descrição de Álvaro, Ricardo, Alberto e Fernando. Deve-se deixar claro que eles devem prestar atenção e tomar notas quanto às informação dadas nos vídeos. Logo após a exibição dos vídeos, o professor deverá tirar qualquer dúvida existente e, então, dividir a sala em 4 grupos, designando a cada um deles a criação e apresentação de um poema ou de um trecho de poema que se assemelhe aos de F. Pessoa ou do heterônimo designado a eles. Cada grupo poderá utilizar as suas anotações e o poema entregue pelo professor como apoio para o seu trabalho. O tempo mínimo para a produção seria de 20min. Neste tempo, o professor poderá colocar uma voz recitando poemas ao fundo, como se fosse uma música. Depois do tempo determinado, cada grupo deverá explicar o heterônimo designado resumidamente e apresentar a sua criação, dizendo o porquê o tal poema ou trecho poderia ser enquadrado nos moldes do tal autor. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Fernando Pessoa Online

Olá pessoas! Bom criamos um facebook para o gênio. Adicionamos algumas informações sobre ele, mas queríamos adicionar a linha do tempo. Encontramos um conteúdo com uma cronologia bem legal, que ficaria ótimo na linha do tempo, mas não encontrei para mudar o face. Tecnologia demais pra mim, rs. Se alguém souber como fazer, me avisa! Por ora, temos informações sobre aniversário, preferência política e religiosa, alguns livros favoritos (de autoria dele mesmo). Um perfilzinho básico, onde postaremos citações, poemas e quando possível, a cronologia na linha do tempo.
Segue link: http://www.facebook.com/profile.php?id=100003721337754    e para quem não conseguir acessar a imagem da página inicial.
Espero que gostem!

Deise

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fernando Pessoa em Cartoons

Depois de ver o trabalho em quadrinhos sobra A Farsa de Inês Pereira, resolvi "googlar" sobre tirinhas que tivessem como tema o nosso muso inspirador. E a pesquisa foi ótima!

Achei este site aqui - http://www.citador.pt/. É um site sobre autores portugueses e um dos tópicos sobre Fernando Pessoa é o de Cartoons. Fernando é o próprio personagem (óbvio!) e são bem curtinhos, com ele recitando os poemas. Olhem alguns interessantes:




Realmente, achei SUPER interessante e diferente. Não sei se isso se adaptaria ao ensino na internet porém...

A minha ideia é a seguinte: propor aos alunos que em grupo de até 3 pessoas que pesquisem, escolham um poema de F. Pessoa ou de um de seus heterônimos e façam uma tirinha similar a essas (apenas 3 quadrinhos mesmo). Acredito que esse é um trabalho mais livre, mais artístico. E os resultados seriam apresentados em sala de aula, postados no grupo do Facebook da sala e o professor poderia propor também o feitio de um pequeno livro - uma "Turma do Fernando Pessoa".

O que acham?
Angélica


terça-feira, 24 de abril de 2012


Fernando Pessoa em outras redes sociais

Não sei se muitos conhecem, mas de 2010 para cá uma outra rede social tem feito a cabeça de muitos jovens: o Tumblr. É como um blog; você pode postar fotos, frases, textos, vídeos, links, perguntas podem ser feitas através da ask box. A grande diferença com um blog "normal" é que no Tumblr as pessoas podem gostar do post e, principalmente, reblogar. Alguns posts chegam às 100 mil notificações.

E lá estava eu conectada no Tumblr e encontrei um especializado no Fernando Pessoa, o http://fernandopessoas.tumblr.com/. A mesma pessoa criadora do twitter @FernandoPessoa, Natália Salles, é que cuida desse tumblr que está cheio de conteúdos interessantes.

Como ocorreu em nossas discussões, tanto pessoalmente quanto em alguns comentários aqui no blog, a sugestão de pedir aos alunos para que busquem curiosidades pode ser aplicada também ao tumblr. Muitas garotas usam essa rede social e vivem reblogando trechos de poesias. Se elas estão inseridas nessa rede social, por que não ir mais a fundo do assunto da escola?

Aliás, acredito que a busca de curiosidades prende mais atenção do aluno, faz com que ele se interesse em saber o porquê daquele texto, o porquê de escrever daquela maneira...

Bom, esse é só mais um pedacinho da internet que pode ser inserido no ensino de Literatura.

Angélica

domingo, 22 de abril de 2012


Pessoa e os nascimento dos heterônimos…



Abaixo, segue relato do gênio acerca do nascimento de seus heterônimos: 
"Desde criança tive a tendência para criar em meu torno um mundo fictício, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram. (…)
Aí por 1912, salvo erro (que nunca pode ser grande), veio-me à idéia escrever uns poemas de índole pagã. Esbocei umas cousas em verso irregular (não no estilo Álvaro de Campos, mas num estilo de meia regularidade), e abandonei o caso. Esboçara-se-me, contudo, numa penumbra mal urdida, um vago retrato da pessoa que estava a fazer aquilo. (Tinha nascido, sem que eu soubesse, o Ricardo Reis.)
Ano e meio, ou dois anos depois, lembrei-me um dia de fazer uma partida ao Sá-Carneiro – de inventar um poeta bucólico, de espécie complicada (…). Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada consegui. Num dia em que finalmente desistira – foi em 8 de Março de 1914 – acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. (…)
Aparecido Alberto Caeiro, tratei logo de lhe descobrir – instintiva e subconscientemente – uns discípulos. Arranquei do seu falso paganismo o Ricardo Reis latente, descobri-lhe o nome, e ajustei-o a si mesmo, porque nessa altura já o via. E, de repente, e em derivação oposta à de Ricardo Reis, surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo. Num jacto, e à máquina de escrever, sem interrupção nem emenda, surgiu a Ode Triunfa de Álvaro de Campos – a Ode com esse nome e o homem com o nome que tem. (…)"



Fonte: http://www.pessoa.art.br/?p=18


Jonathans

sábado, 14 de abril de 2012

Estudo dos heterônimos de Fernando Pessoa

  Na poesia Fernando Pesssoa, foi o maior criador de heterônimos da Literatura, objeto de maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra, e, por isso, é considerado um dos maiores nomes da Literatura Universal.

Ao contrário dos pseudônimos, os heterônimos constituem uma personalidade fictícia, sobretudo de autores. Sendo assim, Fernando Pessoa não só criou outros nomes para assinar seus textos, mas, junto deles, criou suas respectivas biografias. Essa questão resulta de características pessoais referentes à personalidade do próprio Fernando Pessoa: o desdobramento do "eu", a multiplicação de identidades e a sinceridade do fingimento, uma condição que patenteou sua criação literária. Vejamos as principais características de cada um:

Fernando Pessoa (ortônimo)
Tinha uma personalidade com conflitos não solucionados, com inibições de um comportamento sexualmente indeciso, oscilando entre o melindre e a tentação dos sentidos, decepcionado pelo seu corpo material e pelas circunstâncias de vida que o limitavam - era magro, calvo disfarçado pelo chapéu, sem sucesso amoroso, sem carreira profissional, endividado, porém com uma superação na escrita que proporcionou desdobramentos de sua personalidade. Vivia em um processo constante de busca esotérica sobre si mesmo e sobre Portugal.
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega chega a fingir que é dor
A dor que deveras sentir.


Alberto Caeiro É o próprio paganista, mestre dos outros heterônimos, pensava de forma simples, sem questionamentos. Para Caeiro, não há mistérios nas coisas. A alma isolada é inexistente, pois é algo que não se vê. Ela só passa a existir quando se une ao corpo, que é palpável e visível. Cristo existe desde que materializado - Cristo pode ser uma flor... Na poesia, tem uma estética na qual a imperfeição compõe uma obra desarmoniosa, sem preocupação com estética e rimas - é tido como poeta desleixado. A própria natureza é sempre desigual, por isso, para ele, não existe harmonia, as coisas são diferentes umas das outras. Caeiro não se prende a nada - viveu por viver. Para ele, viver é normal.

    DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo.... Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave, Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.   


Álvaro de Campos
Tem a visão multifacetada do real e a crise de identidade é seu marco. Era solitário e depressivo. Viveu tudo na vida intensamente. Possuía a filosofia do niilismo - nada valeu a pena, tudo foi em vão. Expressava tédio por um mundo que não o aceitava, colocava-se com linguagem despida de beleza. Sua poesia era grotesca, formada em um gênero literário desqualificado, sob a finalidade de aliviar-nos a beleza. O seu esforço em conhecer a si próprio fragmenta o seu próprio eu. Mostra-se impotente frente ao real.

 
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

 


Ricardo Reis
Utiliza estilo refinado na forma poética, mediado pela frieza e pelo controle emocional. Oferece reflexão sobre as coisas, define a vida como passageira, vamos morrer um dia - Carpe Diem. É considerado um autor clássico por utilizar figuras mitológicas e vocabulário requintado. Para ele, o que vale é o real visto em sua superfície, apreendido pelos sentidos. Para Ricardo Reis, a religião é pagã (Cristo é só mais um Deus), a natureza é a pluralidade das coisas. O que predomina é a razão sobre a sensibilidade, o homem é impotente perante a morte, sendo incapaz de superá-la.


Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.

Observando os três heterônimos, é fácil notar que Fernando Pessoa - autor dotado de enorme singularidade - multiplicou sua voz poética em outras vozes diferentes e as tornou reais dentro no mundo imaginário da Literatura. Como irradiador desse movimento, autodenominou-se um "drama em gente".

Andreia

domingo, 1 de abril de 2012

Algumas curiosidades sobre Fernando Pessoa

"Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra.

Encontrei algumas curiosidades sobre o Grande, gostaria de compartilhar! Aproveito para dizer que estou preparando biografias de Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caieiro com seus estilos poéticos e assim que possível, postarei.

•    * Numa tarde em que José Régio tinha combinado encontrar-se com Pessoa, este apareceu, como de costume, com algumas horas de atraso, declarando ser Álvaro de Campos e pedindo perdão por Pessoa não ter podido comparecer ao encontro.
•    * Fernando Pessoa trabalhava como correspondente comercial, num sistema que hoje denominamos free lancer. Assim, podia trabalhar apenas dois dias por semana, dedicando os demais, exclusivamente, à sua grande paixão: a literatura.
•    * Pessoa media 1,73 m de altura, de acordo com o seu Bilhete de Identidade.
•    * Fernando Pessoa é o primeiro português a figurar na Plêiade (Collection Bibliothèque de la Pléiade), prestigiada coleção francesa de grandes nomes da literatura.
•    * Ofélia Queiroz, sua namorada, criou um heterônimo para Fernando Pessoa: Ferdinand Personne. “Ferdinand” é o equivalente a “Fernando” em alguns idiomas e “Personne” significa “ninguém” em francês, residindo a curiosidade deste trocadilho no fato de Fernando, por criar outras personalidades, não ter um eu definido.
•    * O cantor brasileiro Caetano Veloso compôs a canção “Língua”, em que existe um trecho inspirado num artigo de Fernando sobre o tema “A minha pátria é a língua portuguesa”. O trecho é: A língua é minha Pátria / E eu não tenho Pátria: tenho mátria / Eu quero frátria. Já o compositor Tom Jobim transformou o poema O Tejo é mais Belo em música. Identicamente, Vitor Ramil, cuja música “Noite de São João” tem como letra a poesia de Alberto Caeiro. A cantora Dulce Pontes musicalizou o poema O Infante. O grupo Secos e Molhados musicalizou a poesia “Não, não digas nada”. Os portugueses Moonspell cantam no tema Opium um trecho da obra Opiário de Álvaro de Campos. O cantor Renato Braz traz no seu CD “Outro Quilombo” duas poesias musicadas: “Segue o teu destino”, de Ricardo Reis, e “Na ribeira deste rio”, de Fernando Pessoa. (Isso mostra a GRANDE influência que tem, ainda hoje, o Grande)
•    * Em 2006, a empresa Unicre lançou um cartão de crédito intitulado “A palavra”, onde o titular pode gravar, à escolha, uma de 6 frases de Fernando Pessoa ou dos seus heterônimos.

http://coisautil.com/curiosidades-sobre-fernando-pessoa/



Deise

sábado, 24 de março de 2012

Fernando Pessoa no Youtube

Uma vez que estamos trabalhando com a integração entre ensino e as novas tecnologias, acredito que seja impossível deixar de fora essa ferramenta tão utilizada pelos internautas, o Youtube. E, melhor ainda, sabemos que os adolescentes, os quais estudam literatura, são fascinados pelo site e sempre encontrando novidades que se tornam hits nas redes sociais.

Por isso, fui a busca de vídeos falando de nosso Muso e encontrei dois muito interessantes: 

  • o primeiro é um documentário feito pela Editora Globo, de 1h, contando sobre a vida e a obra de Fernando Pessoa.



  • o segundo é o vídeo do programa Entrelinhas e mostra a exposição que ocorreu no Museu da Língua Portuguesa sobre Fernando Pessoa



Além dos dois acima, percebi que existem muitos vídeos com vários poemas e acredito que sejam interessantes na hora de apresentar os poemas.

Então, dando continuidade à ideia proposta pelo nosso grupo, acredito que, após a criação do grupo no Facebook, o professor poste estes dois vídeos (ainda que o primeira seja muito comprido) e proponha ao alunos que assistam e também procurem outros vídeos - com poemas, informações ou qualquer coisa que seja interessante para eles no assunto - e publiquem também no grupo, dizendo do que se trata e porque o vídeo chamou sua atenção, qual a novidade que trouxe.

domingo, 18 de março de 2012

Quem é Fernando Pessoa ??????


O GÊNIO DA LITERATURA PORTUGUESA         
Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935.
BIOGRAFIA 
Fernando Pessoa foi morar, ainda na infância, na cidade de Durban (África do Sul), onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa. 
Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico, publicando seus primeiro poemas em inglês. 
Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de Letras. Porém, abandou o curso um ano depois.
Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do
simbolismo francês.
Em 1912, começou suas atividade como ensaísta e crítico literário, na revista Águia. 
A saúde do poeta português começou a apresentar complicações em 1935. Neste ano foi hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas, pois apresentou cirrose hepática.
O ORTÔNIMO E OS HETERÔNIMOS DE FERNANDO PESSOA
Fernando Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas. São eles:
Álvaro de Campos
Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e
futurismo, apresentava um certo niilismo em suas obras. 
Ricardo Reis
Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela
cultura latina.
         Alberto Caeiro
      Com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" 

                        Fernando Pessoa


            

quarta-feira, 14 de março de 2012

Aprendendo Fernando Pessoa e suas outras pessoas conectado na internet

1. Introdução
         Este projeto voltado para a matéria Atividades Práticas Supervisionadas e orientado pela professora de Literatura Portuguesa: Poesia, Lígia Menna, tem por intenção extrair dos alunos de licenciatura em Letras novas formas de ensinar a Literatura Portuguesa, porém visando algo comum entre os jovens na fase de aquisição de conhecimento escolar, as redes sociais.
            Sabe-se bem que com o passar dos anos, apesar das cobranças em vestibulares, o ensino de Literatura, principalmente a portuguesa, foi perdendo a sua força, tornando-se algo banal tanto para alunos quanto para muitos professores que acabam por assumir uma missão da qual não gostam.
            Outro fato recorrente em nossa sociedade é o crescimento das redes sociais na vida de todos, principalmente dos jovens. Hoje em dia, não há um dia em que não se ouça falar em algo que alguém viu no Facebook ou no Twitter. Pois se assim é, nada melhor do que levar para o “novo mundo” deles um pouco daquilo que eles costumam deixar para trás nos anos de escola, fazendo com que o interesse no assunto cresça e que o aprendizado seja levado à sério.

2. Justificativa
            A escolha do tema Fernando Pessoa foi feita em comum acordo com os participantes do grupo, uma vez que Fernando Pessoa é um dos mais conhecidos e admirados poetas da Literatura Portuguesa moderna.
            Entende-se ainda que ao falar de Pessoa, falamos também de outros homens, cada qual com seus temas e seu estilo para escrever e falar o mundo e os sentimentos.

“Alberto Caeiro, o naturalista da perceção aparentemente ingénua dos objetos, Ricardo Reis, classicizante e estoico, Álvaro de Campos, espetacular e futurista, Bernardo Soares, autor da prosa intimista e fragmentária do Livro do Desassossego, e vários outros.” (© Instituto Camões, 2001)

O grupo entende que trabalhar com esse assunto amplo não somente de tamanho, mas também de novidades e riquezas, pode ser modificado, uma vez que adicionado às novas mídias acaba por interagir mais com os estudantes, fazendo com que, para eles, o assunto se torne mais interessante e, para o educando, uma experiência nova e boa, com garantia de um melhor aprendizado.
Portanto, o grupo se propõe em investigar novas metodologias e novas formas de aplicação de conteúdo sobre o tema escolhido, sabendo que este pode tornar-se mais interessante.
3. Objetivos
  • Investigar novas metodologias e a aplicação de conteúdo literário, neste caso, sobre Fernando Pessoa, nas redes sócias, procurando estabelecer uma conexão entre ensino e as novas tecnologias.
4. Metodologia
            4.1 – Idealização
            Ao desenvolver o projeto em uma escola, com uma turma de Ensino Médio, visa-se inicialmente a criação de um grupo, denominado “Fernando Pessoa (mais a determinada classe)”, no Facebook, tal qual servirá para a troca de informações entre professores e alunos, pois a proposta seria a de uma intervenção no assunto de parte dos próprios alunos.
            Além do grupo na rede social Facebook, idealiza-se a criação de twitters para cada um dos heterônimos de Fernando Pessoa, nos quais seriam postados frases, poemas e informações sobre o tal. Esses twitters seriam administrados por diferentes grupos divididos nas classes, ou seja, cada grupo cuidaria de um heterônimo.
            Estas páginas no twitter seriam conectadas ao grupo do Facebook, fazendo com que as novidades fossem vistas por todos, não importando a rede social de preferência de cada um. Sendo assim, todos teriam acesso e fariam parte da composição do conteúdo elaborado para aprendizado.
            4.2 – Investigação
Para a realização desta investigação, que é o intuito do projeto, o grupo composto de quatro alunos usará o blog http://ladoadalinguistica.blogspot.com/ para a postagem semanal de qualquer texto, vídeo ou fotos sobre o tema escolhido.
            Em cada post, além da informação encontrada, será adicionada também a opinião de quem está postando sobre o conteúdo e uma ideia sobre o que fazer com aquele determinado material. Logo após, os outros alunos participantes do grupo farão comentários relacionados ao determinado post, concordando ou não com as novas ideias e ajudando a elaborar novas metodologias.

5. Referências
MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2006.

 Componentes do grupo
Andréia C. Arruda - A740HH-6 
Angélica Cristina M. da Silva - A97965-4 
Deise Monteiro - A987GE-0 
Jonathans Rodrigo Macedo da Silva - A750AB-1