Este blog, sob cuidados de um grupo de alunos de Letras do 6º Semestre (UNIP), visa a apresentação de trabalhos desenvolvidos em sala de aula, neste semestre das matérias: Análise de Discurso Crítica e Literatura Brasileira Prosa.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Os complementos verbais
Os
complementos verbais – objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito,
predicativo do objeto e agente da passiva – sempre dependem da contextualização
do verbo nas frases, fazendo deles obrigatórios ou não.
O
objeto direto, complemento de VTD, tem natureza morfológica substantiva,
podendo ser expresso somente por sintagmas nominais autônomos, e, segundo a
gramática tradicional, pode ser substituído por um pronome oblíquo que concorda
em gênero e número com o núcleo do sintagma. Para encontrar o obj. direto da
sentença, usa-se a metodologia pergunta-resposta e o termo substituído por
pronome oblíquo é o objeto direto:
(1) A
menina contou uma fofoca.
A menina contou uma fofoca?
Sim, ela a
contou.
O objeto indireto, que complementa o VTI, pode ser
confundido com adjuntos adverbiais por também ter natureza morfológica
preposicionada. Porém, o OI é um termo obrigatório no contexto da frase, ao
contrário do adjunto adverbial. O termo com a função de objeto indireto pode
ser substituído por lhe, dele(a), disso, entre outros. Por exemplo:
(2) Ele
precisa de dinheiro.
Ele precisa de dinheiro?
Sim, ele precisa disso.
O predicativo do sujeito é o complemento obrigatório dos
verbos de ligação. Sendo relacionado com o sujeito, ele pode também aparecer em
sentenças com verbos intransitivos ou transitivos. Em ambas as possibilidades,
a sua natureza morfológica é adjetiva, podendo ser representado por sintagmas
adjetivais ou nominais autônomos.
(3) Os
filhotes de cachorro da vizinha são fofos.
(4) Exausta,
a senhora chegou no banco.
A
única diferença entre predicativo do sujeito e do objeto é que o último
relaciona-se com o núcleo do objeto direto:
(5) Cansada,
encontraram a criança perdida.
(6) O
país acha os deputados incompetentes.
O
último complemento verbal é o agente da passiva, o qual aparece em construções
da voz passiva. Tem base morfológica preposicionada, sendo representado sempre
por um sintagma preposional iniciado com por/ pelo:
(7) Meu
trabalho foi comido pelo cachorro.
(8) O
candidato foi eleito por vocês.
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